O Pessoal de São Paulo costuma não sair com freqüência para ver gigs em outros estados e diante desse fato, decidi bolar uma viagem maluca com meu amigo Fernando, rumo a GYN, para ver o tão comentado Thrash Core fest, no qual os organizadores são Pedro e Júlio, velhos amigos que vira e mexe estão em SP.
Viagem longa, enfiados em um ônibus durante 15 horas, mas enfim, no sábado do dia 24/07 as 15h30 estávamos em Goiânia. A primeira coisa que me chamou a atenção foi o local onde iria rolar o evento, o tal CETE é um prédio da prefeitura local, usado para sediar cursos gratuitos, eventos e coisas do gênero.
Os espaços usados para o evento foram o 2º e o 3º andar, realmente não existem picos assim em São Paulo. Fizeram no 2º andar um mural com flyers de shows dos anos 80 de Thrash e Hardcore e no mesmo andar ainda havia venda de lanches, e materiais.
Decidimos então sacar como estava o andar onde rolaria o show, logo de cara vi no chão um pentagrama enorme feito com fita crepe, o pessoal de Goiânia realmente sabe como fazer as coisas..haha. Antes de começar o show ainda vimos o DR Living Dead, que seria o headline da noite, fazer uma passagem rápida de som, e depois de algum tempo, os caras do Veneno de Rato, de Águas Lindas, entraram em cena, fazendo um hardcore rápido e sujo, empolgando o pessoal que estava no local, realmente uma boa banda.
Depois da apresentação do Veneno de Rato, o andar do show começou a lotar mais, e em seguida, o pessoal do WCM toma o front, executando um hardcore violento, com influencias de tudo quanto é gênero musical em se tratando de bagaçeira, e dessa vez pude ver o quanto o pessoal de GYN é insano, ninguém parava quieto, eu mesmo não me contive e participei ativamente do pogo, e rolou de tudo, gente caindo no chão toda hora, nego voando pro alto, até skate rolou no meio do pit, o mais puro caos se instalou no local, destaque pro vocalista Slake que não parava quieto um segundo sequer.
Depois da desgraça (no bom sentido do termo) da apresentação do WCM, o hardcore deu lugar ao Death Metal da velha escola, executado pelos caras do Pesticide, e o pogo cedeu seu espaço para o pessoal bangear sem parar, Pesticide não deixou pedra sobre pedra com seu Death/Thrash Metal, e quando o povo começou a dar sinais de cansaço, o PPC aparece e bota a negada pra correr em círculos, já vi algumas gigs com o PPC aqui em SP, então já sabia o que esperar duma apresentação deles, mas foi além do esperado, o som estava ótimo e o caos que havia se instalado durante o show do WCM voltou pior, a apresentação deles acabou comigo, depois tive que me abastecer (com cerveja) para poder agüentar a apresentação da banda principal.
Aconteceu uma cena bizarra na noite, um cara estava no segundo andar do prédio, de bobeira olhando os flyers anos 80 que enfeitavam o local, decidiu tirar alguns dos cartazes e cola-los em si mesmo, se encheu de cartazes e saiu do prédio rindo, com uma lata de cerveja na mão.
Não pude ver o DR Livingdead em SP, pois no fim de semana em q eles tocaram, eu estava trabalhando, então não sabia muito que esperar do que estaria por vir.
Foi impecável o show dos suécos, eles já tem presença de palco (só para constar, não havia palco no evento..hehe)pelo visual, com as mascaras de caveiras e a roupagem totalmente Thrash, mas depois que começaram a tocar, a casa veio a baixo, eles mandam muito bem ao vivo, os riffs maníacos de thrash metal... ahh coisa linda de se ouvir. Infelizmente fiquei assistindo de canto a apresentação deles, só apreciando o som, pois já não tinha condições nem de levantar o braço, mas ao contrário de mim, o Fernando e os presentes foram para o agito. Circle pits insanos, um subindo em cima do outro, muito mosh, ao som de Thrash / Crossover, que tanto essa molecada gosta.
Depois do evento, vi o pessoal indo embora, com sinais de cansaço, porém, aquele sorriso de satisfação estampada nas caras. No dia seguinte, aconteceu o Caga-Sangue, no qual não pude ver, pois tínhamos que voar para São Paulo as 19h, voltamos, sem grana, cansados, mas felizes da vida, por ter visto um evento tão INSANO...
Por Alexandre Faustino
Foto: Renan Accioly
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eita que o bagulho foi tenso, hehee
ResponderExcluirpô mano, já sacava o som do Death From Above ó.
barulheira boa demais mano.
vem pra Belém, que a gente faz um som hahah
Abraço!
Pëixë
Alexandre não saca nada, cara. Não saca nada.
ResponderExcluirhahahahaha
Porra, que inveja. Dr. Livin' Dead, ainda em Goiânia, que pra mim é a terra do róki jóvi insano, ainda mais depois do show que tocamos lá, naquele quartinho empoeirado do DCE, com o Gustavo peladón... Quem viveu, viu.