quarta-feira, 29 de julho de 2009

Resenha Thrash Core Fast IV - Parte 1





DIÁRIO DE BORDO: TRASH CORE FEST (25/07/09 em Goiânia no CETE, com as bandas: Veneno de Rato (Águas Lindas), WxCxM, Pesticide (Brasília), Possuído
pelo Cão (Brasília) e Dr. Living Dead (Suécia).





Para começo de assunto se você estiver com preguiça de ler pode parar por aqui que tem muita Historia – com H maiúsculo mesmo - a ser relato nesse final de semana insano...
Sábado de sol e férias o que fazer? Clube? Bater uma bolinha com os amigos? Ir para um barzinho com a galera tomar uma cerveja? Nada disso, hoje tem o evento do povo mais feio de Goiânia: Trash Core Fest!


Os organizadores, os senhores Julio WCM (vulgo Bivas) e Pedrinho (vulgo monitor de Direto Penal) estavam ansiosos há semanas com esse show, e não era para menos, pois há algumas semanas antes tivemos um evento também com bandas gringas que “furou”. Logo a ansiedade era muita. Porem como a divulgação foi muito bem feita, não havia outro evento na linha no dia tudo acabou conspirando em favor dos organizadores. Ainda bem! Pois houve muitos gastos com o evento.


Chega à noite e estou eu indo para um evento no qual eu deveria curtir, mas que no final trabalhei para caralho, mas valeu a pena. Agora começa a ficar bom...
Casa cheia, já avisando que no final houve mais de 450 pagantes, e o publico insano e vestido a caráter – muitas bermudas, bandanas, moicanos, calças apertadas, rebites, botons, skates tubarão, tava “bunitu” de se ver o local. Na área do bar tinha ate som ambiente, somado a varias bancas com CDs, camisas, zines e uma parede só com cartazes de show da década de 80 – tinha SUICIDAL TENDENCIES, MISFITS, BLACK FLAG, BAD BRAINS, ADOLECENTS... – e no andar de cima a primeira banda se preparava para tocar, diretamente de Águas Lindas (também carinhosamente a cidade e chamada de FACAS LINDAS) entrava no palco por volta das 20h30min.
Pense numa banda que o vocalista parece que tem 17 anos com voz de 13 anos, uma batera rápidos, um baixista que errava toda hora e uma guitarra “suja”: esse é o Veneno de Rato. Puta que pariu o publico já tava abrindo a roda de hardcore na primeira banda – outro detalhe, no centro do show havia um desenho de um pentagrama com o sentido que deveria ser feita a roda, coisas do T.C.F. – os moleques tocaram um set de meia hora, mas que foi perfeito. Os caras pareciam estar na cidade deles, muito a vontade com o publico. Perfeito. A seguir viria o WCM, para lançar o novo trabalho “O caos continuará” mais um desastre de vendas da Two Beers Records, o selo do amigo Wander Segundo.


Quando eu peguei o microfone para anunciar ao publico que a próxima banda era o WCM, houve uma gritaria histérica, já pensei o show dos caras promete... Dito e feito, quando os caras começaram a tocar, o lugar que já e quente, ficou infernal – em todos os sentidos – puta que pariu de novo! Os caras estão tocando demais, destaque para a guitarra de Alexandre que toca e agita demais. O baixista Theo tava com um bonezinho de plástico tipo playmobil e a figura carismática do vocalista Tiago Slake Black Black interagindo com o publico o tempo todo. Impecável o show dos caras. Teve um momento que entrei pra agitar no show e acabei perdendo meus óculos recém comprados, mas por sorte um amigo encontrou e devolveu eita sorte a minha. Também tem que ser relatado que para esse show dos WCM, vieram de São Paulo dois amigos da banda (Alexandre e Fernando, que disseram que nem em São Paulo se vê um evento tão louco como esse, meu ego goiano esta ate em alta!), após esse show o calor no local tava insuportável. Quem se preparava agora para entrar era o pessoal do Pesticide, Death Metal old school, que infelizmente tocou sem um guitarrista, mas que não atrapalhou em nada a performance da banda – mas o guitarra da banda Capaça, que toca também no Violator, disse que teve muitos erros, felizmente a gente não percebeu esses erros.


O Pesticide tocou as musicas to cd”Hellish Warfare” e mais algumas musicas novas, onde destaco uma certa influência nas musicas de bandas como Obituary e algumas coisas do tipo Terrorizer, principalmente por parte do baterista, que toca demais, sem desmerecer os demais caras da banda. Apesar do som dos caras ser um pouco diferente das demais bandas que estavam programadas, o publico agitou da mesma forma, mostrando mais um aspecto importante do T.C.F., a tolerância com as diferenças musicais. Mas a noite não acabou, ainda faltavam duas bandas, sendo a próxima a moçada do Possuído Pelo Cão, o local seria possuído logo logo...


Vou ser direto no comentário. O PPC e hoje a melhor banda de crossover do Brasil na minha opinião, e parece que para o publico que estava no ambiente ( muito, mas muito quente) também é. Os caras comandados pelo ultramega carismático vocalista Pedro Poney – que alem de tudo e vocal do Violator – fizeram um show que deixou nego “arriado”. Tocaram as musicas do disco
“Possessed in the circle pit” e mais dois cover, um do S.O.D. (que não agüentei e juntamente com o Luciano do HC137 fomos pular um pouquinho também) e outro do Excel. Parecia que a cada banda estava melhor que a outra e o local cada vez mais cheio e cada vez mais quente. E faltavam ainda os anfitriões da noite os suecos do Dr. Living Dead – que estava circulando entre a galera, ate se arriscaram a dar uma volta ao redor do Cete, e passaram em frente a um “forró” que fica do lado do espaço do show onde eles ficaram impressionados com o evento paralelo que rolava ao lado e que também tinha muita gente feia! Os suecos só falavam uma coisa quando se perguntavam a eles sobre o local, eles diziam: “Hot, hot, hot!”. Nem preciso falar mais nada né?!




Antes dos gringos entrarem no palco, demorou cerca de uns 20 minutos para eles entrarem, rolou uma “apresentação” de capoeira (!!), outra de street dance (!!) e alguns saltos de show (!!) entre o publico presente. A insanidade estava só começando... Eis que entra um “ser” de peruca com cabelos anos 80, cigarro no canto da boca, calça listrada estilo “smash my eggs”, óculos Ray Bam e bota de cowboy para anunciar o Dr. Living Dead.




Então entram os mascarados suecos. Pensei que o local iria desabar, gente pulando, gritando, batendo cabeça, dando mosh, adrenalina a 1000. Valeu esperar, pois já passavam da meia noite, a presença de palco, as musicas, o visual (ate o próprio Dr. Living Dead deu o ar da graça e apareceu no show) esteve tudo impecável. O som dos caras ao vivo e impressionante. Quem não foi no show tem que se martirizar algo desse nível acredito que vá demorar a voltar em Goiânia. Só teve algo ruim no show dos caras, o set deles foi de no máximo de 30/35 minutos, foi rápido demais – porem suficiente pra deixar mais gente destruída – era o termino de algo que marcaria a turnê dos caras. Deixo aqui algo que e de matar de inveja outras cidades da turnê, mas conversando com os caras da banda após o show e com o Thiago (vocalista da banda de grind D.E.R. que tava acompanhando os caras) ambos me disseram que os melhores show foram de Águas Lindas e Goiânia. Parabéns pra “noize”!



Poxa porem teve um lance que descobri fuçando na internet, roubaram uma das bandanas dos caras do Dr., e pelas fotos parece que foi o cara do Overcome... mas de boa eles devem ter mais outras.
02:00hs da manha, cansaço total, acabava tudo. Por fim guiei o pessoal de Brasília ate o Habib’s para lancharem e voltarem a terra do poder e depois finalmente ir para casa dormir, pois no outro dia estaria eu na estrada rumo a Brasília para ir ao Caga Sangue Trash – intitulado esse ano de A MALDIÇÃO DE MADALENA VIUVA – com as bandas Ameaça Cigana, Innocent Kids (comemorando 10 anos), Low Life, Violator e Dr. Living Dead...
Essa resenha estará disponível logo logo no próximo Diário de Bordo....




Erro de português, erros de concordância verbo-nominal, puxa saquismo e texto incoerente por Luiz Eduardo “BACURAL”. Professor, vocalista de bandas que não fazem sucesso e que adora escutar musicas gritadas, mal gravadas e tocadas fora do tempo.




Fotos: Renan Accioly

Um comentário: